terça-feira, 22 de junho de 2010

MUITO OLEO, MUITOS ERROS


Glóbulos de óleo, bóias de contenção, manchas por todo o lado e muitos animais cobertos de tinta preta: o cenário do Golfo do México continua devastador. A equipe do Greenpeace que documenta desde o início o desastre com a plataforma Deepwater Horizon, ocorrido no dia 20 de abril e ainda longe de estar debelado, está agora na Baia de Barataria, na costa da Lousianna, registrando a chegada maciça de óleo em terra.
A mancha já foi detectada em praias até o nordeste da Flórida e o Alabama, onde o banho de mar de turistas está proibido.

O jornal inglês The Guardian revela: o plano de contingência, texto elaborado pela BP antes do começo da exploração com a plataforma contendo as medidas de contenção de desastres e aprovado pelo governo americano estava coberto de erros.
Nele, a empresa traçava falsas assunções acerca da extensão, direção e conseqüências de um possível vazamento no Golfo e na costa. Entre os erros, estão a listagem de animais que seriam afetados, como leões-marinhos, focas e morsas, que sequer existem na região. O texto afirma também que nenhum vazamento poderia alcançar a costa, já que as operações estariam muito longe, em alto mar.
O plano de contingência lista ainda empresas que poderiam prover equipamentos em algum caso de desastre. Entre elas, a Marine Spill Response Corp, empresa que nem mais existe. Entre os cientistas a serem acionados na emergência, uma pessoa que morreu quatro anos antes da aprovação do plano da BP.

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